Eliane Caffé

Eliane Caffé, paulistana, psicóloga de formação, iniciou a carreira como pesquisadora de documentário, nas casas de strip-tease da Boca do Lixo, enquanto ainda cursava Psicologia. Este início marcou seu gosto por trabalhar a ficção em contextos reais e por escrever roteiros motivada por imersão em processos de pesquisa. Realizou os longas Kenoma (1998), Narradores de Javé (2003), O sol do meio dia (2009) e Era o hotel Cambridge (2016). Paralelamente aos seus trabalhos como cineasta, coordena oficinas de audiovisual em diferentes zonas de conflito em São Paulo e no interior do Brasil. É também orientadora de roteiro em diferentes laboratórios e festivais de roteiro no Brasil e no exterior. Os filmes de Eliane Caffé, embora identificados a maioria deles como ficcionais, são alimentados por práticas de pesquisa e apropriação de falas e personagens reais dos contextos de ensaios entre atores e não atores para a criação de personagens e narrativas ficcionais nos campos de conflito que a cineasta toma como set e território temático, misturando equipes técnicas profissionais e não profissionais. Tem como prática repensar os processos de criação do cinema junto às urgências da comunidade local onde são realizados os filmes.